Flor do Imbiri |
IMBIRI - A Planta que deu origem ao nome de Campos do Jordão
Originária do Himalaia, China e Madagascar, e aclimatada nas Américas, principalmente no Brasil, onde é encontrada em todo o território, sendo mais frequente nas regiões Sul e Sudeste. Com isso, estas floridas plantas se adaptaram bem ao solo montanhoso de Campos do Jordão. Matheus da Costa Pinto soube muito bem disso, e não é à toa que formou vila junto ao rio que leva o nome da planta: IMBIRI.
Originária do Himalaia, China e Madagascar, e aclimatada nas Américas, principalmente no Brasil, onde é encontrada em todo o território, sendo mais frequente nas regiões Sul e Sudeste. Com isso, estas floridas plantas se adaptaram bem ao solo montanhoso de Campos do Jordão. Matheus da Costa Pinto soube muito bem disso, e não é à toa que formou vila junto ao rio que leva o nome da planta: IMBIRI.
Nome
científico: Canna Glauca. (Glauco= esverdeado). Família: Canáceas.
É
uma planta canácea, também conhecida pelos nomes comuns de bastão de São José; maracá;
coquilho; albará; bananeira-do-campo; lágrima-de-vênus, lírio-branco, lírio-borboleta,
jasmim-do-brejo, gengibre-branco, Albara.
Bananeirinha,
Beri; Biri; Bananeirinha-da-india; Bananeirinha-do-mato; Caite;
Caite-conta-de-rosario; Caite-conta-de-rosario-compacto;
Caite-conta-de-rosario-da-india; Caite-conta-de-rosario-de-blumenau;
Caite-conta-de-rosario-de-otto; Caite-conta-de-rosario-denudado;
caite-conta-de-rosario-flacido; Caite-conta-de-rosario-geral;
Caite-conta-de-rosario-glauco; Caite-conta-de-rosario-glauco-angusto;
Caite-dos-jardins; Caite-imbiri; Cana ottonis; Cana-da-india; Canna compacta;
Canna confusa; Canna denudata; Canna flaccida; Canna glauca; Canna indica;
Canna x generalis; Coquilho; Embiri; Imbiri; Muru.lírio de maio, (nome da
espécie, recorre ao mês de maio, época em que a planta floresce); lírio
convallaria (O nome de gênero, Convallaria, em latim significa “dos vales”);
lágrima-de-moça; jasmim-borboleta, Mariazinha.
O
IMBIRI é encontrada nas margens de lagos, à beira das matas, ribeirões e serve
de abrigo para a fauna silvestre em lugares húmidos ou brejos e floresce nos
meses da primavera. Como o nome indígena tupi-guarani sugere, Mbiri, significa “folha
larga”, o que não combina com esta planta.
É
frequentemente encontrada em regiões de brejo, pantanosos, onde o solo é úmido
e rico em matéria orgânica, o que facilita seu desenvolvimento, infestando
margens de lagoas, canais de drenagem e pastagem em baixadas úmidas.
Muito
vigorosa, forma densas infestações que obstruem pequenos riachos e canais.
A
flor é branca ou de coloração amarelada, muito perfumada e lembra o jasmim.
Possui
uma natureza exuberante, água abundante e solo rico em material orgânico o que
propicia o desenvolvimento e propagação desta espécie vegetal. Ocorre
naturalmente em áreas úmidas e sub-bosques na Floresta Atlântica.
Possui
uma folhagem verde brilhante muito ornamental. Esta planta palustre é muito
vistosa. Seu crescimento é muito rápido e pode ser cultivada em grupos para melhor
valorização de seu efeito paisagístico. Trata-se de uma herbácea ereta,
florífera e aromática. Vale dizer: suas flores também fornecem néctar para
abelhas.
Suas
folhas e caules são simples e as sementes de forma ovalada e coloração
avermelhada. Aprecia solos ricos em matéria orgânica e brejosos, isto é,
permanentemente molhados, sem, no entanto, ficar abaixo da água. Seu porte
varia entre 1,5-2,5 metros de altura. Deve ser cultivada à sombra.
Multiplica-se por divisão das touceiras, tomando o cuidado de deixar uma boa
parte de rizoma e folhas em cada muda. Sua flor é perfumada com cheiro parecido
com outras espécies de jasmim.
Foi
verificado que o lírio-do-brejo, como tantas outras espécies exóticas, tem um
enorme potencial de modificar sistemas naturais, o que torna as plantas
exóticas invasoras a segunda maior ameaça mundial à biodiversidade.
É
uma macrófita aquática considerada exótica e invasora fora da região do
Himalaia, seu centro dispersor.
Devido
ao rápido crescimento e dispersão, apresenta potencial invasivo, expulsando
espécies nativas ao seu redor, o que, em muitos casos, pode resultar em perda
da biodiversidade local. É considerada planta daninha por agricultores e
pesquisadores, substituindo a vegetação original. É usada também na produção de
papel, já que a haste contém de 43 a 48% de celulose, e as folhas da flor
possuem uma grande quantidade de lignina, substância também utilizada na
fabricação de papel. Sua raiz costuma ser usada na indústria cosmética, na
fabricação de perfumes, óleos essenciais e cremes, mas é muito caro e
frequentemente é substituído por substâncias sintéticas. Seu perfume é de
frescor e delicadeza.
O
interesse pelo estudo da flor lírio do brejo se deve ao fato de que ainda não
havia sido estudada para obtenção de ativos naturais destinados à produção de
cosméticos ou outras finalidades.
Um
estudo se desenvolveu no contexto do MBA Business Intuition: O Empreendedor e a
Cultura Humanista, da Faculdade Antônio Meneghetti e contou com a colaboração
do Laboratório de Farmacognosia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e
do Laboratório Herbarium, de Curitiba para a identificação dos ativos da flor.
A elaboração dos produtos é da Farmácia Essencial com sede em Porto Alegre.
As
premissas do desenvolvimento sustentável permearam o trabalho que se apresenta
e os resultados alcançados até a presente data são a elaboração e
comercialização de mais de trinta produtos da marca Lilium Recanto.
Apesar
de comestível, é pouco utilizada na gastronomia. De seus rizomas (caules), é
possível obter uma fécula comestível.
O
amido presente no rizoma da planta é usado na alimentação de animais de
criação, e deste também se extrai a fécula que é utilizada para a confecção de
doces e biscoitos.
Na
medicina popular, é usada como béquica (acalma a tosse e as irritações da faringe), diurética, excitante, tônica,
antirreumática, problemas na garganta, gases e também para reduzir a pressão
alta.
O
chá das folhas é empregado, em uso externo, contra coceiras e micoses. O rizoma
é diurético. Possui folha tão macia que serve para curar feridas, suas folhas
frescas aplicam-se, socadas, sobre as feridas, úlceras, queimaduras e lugares
vesicados.
O
extrato do lírio-do-brejo é usado no tratamento de dores, ferimentos, infecções
em geral. Na Índia, o rizoma seco ou
moído, mexido com leite de vaca, é potente no tratamento da diabetes; isso
devido ao comprovado óleo hipoglicêmico, encontrado na espécie de mesmo gênero;
mas, ainda não há estudos que mostrem o efeito da flor sobre diabéticos. De
acordo com a medicina tradicional chinesa, os rizomas servem contra dores de
cabeça, dores intensas, contusões e reumatismo. Experimentos comprovaram
eficiência do extrato do rizoma, tanto seco quanto fresco, em atividade
antimicrobiana contra Bacillus subtilis, Pseudômonas aeruginosa, Cândida
albicans e Trichoderma sp., sendo as duas últimas causadoras de dermatites; o
óleo volátil tem ação anti-helmíntica. Extrato do caule obtido por decocção e
infusão mostrou-se ativo para Bacillus subtilis e pseudômonas aeruginosa. As
folhas apresentaram potente efeito diurético e anti-hipertensivo. Possui a
propriedade de inibir o aumento da permeabilidade vascular e produção de óxido
nítrico em ratos.
Já
as flores, sob forma de infusão, também possuem efeito diurético e redutor da
pressão arterial. O suco da planta, emprega-se, exteriormente, nas otites. Para
uso externo, duas colheres de sopa da raiz picada de imbiri; coar e pingar duas
gotas em cada ouvido três vezes ao dia, tapar o ouvido com algodão para o suco
não escoar. Estudos na área de ciências agronômicas, salientam as maneiras de
se empregar o lírio-do-brejo no tratamento de esgotos. A planta apresentou
muita eficiência na remoção de poluentes, redução de DBO (demanda bioquímica de
oxigênio), na oxigenação do substrato amoniacal e na remoção de coliformes,
demonstrando que o tratamento é bastante eficiente na remoção de sólidos, matéria
orgânica e micro-organismos; um potencial em tratamento de efluentes, pois esta
mostrou 99,58% de redução de coliformes totais da água contaminada com
microrganismos.
Também é uma planta vigorosa, utilizada para contenção de encostas, mas que dificulta que outras nativas brotem.
A
lenda diz que que o lírio-de-maio foi um presente de Apolo para Esculápio, deus
da cura. O lírio por ser uma linda flor, é frequentemente usada em buquês
nupciais.
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